Rio encontra saída para tirar jovens do crack
Menos vistosas que as UPPs, mas tão importantes quanto, para o presente e o futuro do Rio, têm sido as operações da secretaria de municipal de Assistência Social que recolhem das ruas os viciados em drogas. Graças à singela tese posta a circular pelo secretário Rodrigo Bethlen – e amparada pela Justiça – meninos e meninas com a vida pendurada no crack podem ser resgatados do caminho até então sem volta em que se haviam enfiado.Do final de março até esta terça-feira, 21, mais de mil pessoas foram retiradas das ruas, principalmente nos bairros do Flamengo, Catete, Glória e Laranjeiras. Mais de duzentas crianças para as quais tem sido possível oferecer abrigo e tratamento graças a uma bela sacada: a ideia segundo a qual se estão na rua, consumindo drogas, é porque foram abandonadas pelos pais.
A partir daí, é obrigação do estado assumir-lhes a tutela para cuidar, oferecer, remédio, tratamento, comida, educação e segurança. Esse pequeno truque criado por Bethlen mudou a rotina cruel em que meninos e meninas, entupidos de drogas, não ficavam mais de 24 horas nos abrigos. Em nome do ir e vir – e da menoridade – voltavam à trilha da degradação nos mesmos pontos onde haviam sido encontrados. A repetição exaustiva desse exercício criou na sociedade uma sensação de causa perdida. Pura enxugação de gelo, como eram tratadas, até a chegada das UPPs de Beltrame, as incontáveis tentativas de desalojar dos morros as quadrilhas que os dominavam.
A mudança de agora descortinou o que poderá ser a única saída para os milhares de crianças e adolescentes que o país perde todos os meses para a devastadora epidemia de crack e, agora, de oxi. Fora desse caminho até pode existir solução, mas, pelo menos por enquanto, não está à vista.
Como não está – e não apenas esta, mas solução alguma – para os adultos. Desses, nada além de uma parcela mínima tem a possibilidade de resgatar a dignidade que um dia tenha experimentado. Entre os adultos viciados em crack ou oxi recolhidos das ruas mais de metade sofre de graves problemas mentais. Gente para a qual dificilmente existirá volta ou porta de saída. Falta-lhes, além do tratamento, uma família estruturada que os acolha de volta. Uma raridade nesses casos.
http://xicovargas.uol.com.br/index.php/2352
É bom ler isso, é bom ver que algum órgão do governo está fazendo algo pela sociedade. Que seja um trabalho contínuo e que a idéia se espalhe para outros estados. Está de Parabéns à secretaria de municipal de Assistência Social.
no meio de tanta roubalheira um exemplo de como servir a população, excelente noticia Nubia!!
ResponderExcluirEu fiquei emocionada com a notícia. Sério mesmo.
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